A obesidade é uma doença crônica, progressiva, fatal e geneticamente relacionada. Ela caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura e pelo favorecimento de outras doenças, conhecidas como “co-morbidades”, ou doenças associadas listadas abaixo. Nos Estados Unidos, uma pessoa a cada quatro pesa 20% a mais que seu peso ideal. Atualmente, segundo pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 51% dos brasileiros estão acima do seu peso ideal, 15-20% são obesos e 5% são considerados obesos mórbidos.
Para avaliar o grau de obesidade de uma pessoa, desenvolveu-se o Índice de Massa Corporal – IMC. O seu cálculo é realizado dividindo-se o peso (em Kg) pelo quadrado da altura (em metros).
IMC = peso (kg)
Altura x Altura (m)
Exemplo: IMC = 98 Kg
1,56 m x 1,56 m IMC= 40,3
Além das co-morbidades que certamente diminuem a expectativa de vida, o paciente obeso sofre com situações cotidianas, tais como:
1) amarrar os sapatos
2) comprar roupas para seu tamanho
3) inadequação de mobiliário público (assentos de avião, teatro, cinema, ônibus)
4) dificuldades para realizar a higiene pessoal
5) problemas socioeconômicos, que são representados pela discriminação social
6) dificuldades em conseguir emprego
7) problemas de relacionamento afetivo-sexual
Pelo Índice de Massa Corporal (IMC) é possível graduar a obesidade e definir a melhor forma para o seu tratamento. Pessoas com IMC até 35 podem ser tratadas apenas por métodos tradicionais (dieta, exercícios, medicamentos e mudança de hábitos). No entanto, para os casos de obesidade grave com co-morbidades, mórbida e superobesidade, tais métodos isoladamente já se mostraram pouco efetivos. Nesses casos, a cirurgia é um tratamento eficaz na redução e manutenção do peso. A Organização Mundial da Saúde – OMS – e o Ministério da Saúde do Brasil reconhecem a obesidade mórbida como uma doença passível de tratamento cirúrgico.
Quem está indicado para o tratamento cirúrgico:
Além do IMC propriamente dito, é importante o diagnóstico específico para cada paciente e a observação às demais condições restritivas:
Além disto, toda pessoa que pretende se submeter ao tratamento cirúrgico da obesidade tem que estar ciente dos riscos e consequências de uma intervenção cirúrgica de tal porte. É muito importante mencionar que a cirurgia não é recomendada por motivos estéticos: é uma cirurgia radical, que pode ser definitiva e ter consequências nos hábitos cotidianos. O objetivo dela é tornar a vida do paciente mais saudável e mais longa.
Seus melhores resultados estão relacionados com a participação ativa dos pacientes, evitando o consumo excessivo de alimentos hipercalóricos e aumentando o gasto energético com exercícios físicos orientados.